Mia Hansen-Love, Djamila Sahraoui, Carine Tardieu, Magaly Richard-Serrano e Jean-Pascal Hattu. Quatro mulheres e um homem, profissão: cineasta. Cinco filmes, cinco estreantes. Produzindo cinema num país com uma das mais tradicionais cinematografia do mundo, a francesa, estes diretores novatos, cada um a sua maneira, tiveram diferentes trajetórias antes de chegar neste primeiro filme. A maioria fez muitos curtas, alguns estudaram cinema e todos enfrentaram o desafio de contar uma história em possíveis 90 minutos.

E escolheram narrativas contemporâneas, próximas da atualidade. Relações entre amantes, casais, mãe e filha, a paixão e o amor e todas as suas idiossincrasias. Construir uma idéia para um primeiro filme - algo pela qual a produção cinematográfica é implacável na exigência das certezas, nas decisões assertivas - em meio a tanta referência de cinema, exige muita determinação.

Talvez este espírito de estréia possa ser traduzido nas palavras da jovem diretora Mia Hansen-Love, 27 anos, numa entrevista ao site Evene.fr sobre seu filme, "Tudo Perdoado": “Esta história me habita há um longo tempo e o desejo de escrevê-la é de antes do cinema. Podia se manifestar de forma diferente, mas ela encontrou o filme como um lugar para existir. Mesmo que não seja autobiográfica, esta história me define. Me identifica e expressa o que sou.”
Talvez sejam cinco filmes, mas talvez seja também um encontro com Djamila, Carine, Magaly, Jean-Pascal e Mia. Muito prazer. Voltem sempre. (D.A)