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O INDIE quer encontrar São Paulo

Há sete anos o INDIE – MOSTRA DE CINEMA MUNDIAL surgia num cenário que pensávamos era pouco afeito ao cinema independente. Era 2001, estávamos acontecendo em três salas, numa cidade que havia algum tempo perdido seus eventos de cinema. Seis dias depois, numa semana de abril, as salas lotadas por mais de 7 mil pessoas nos deram a certeza que todo o sucesso de um festival vem do intercâmbio, do encontro, entre o cinema e o anseio de seu público.

Nas primeiras três edições, a pergunta que mais respondíamos era: o que é indie? Para muitos a simples explicação do significado real daquela expressão, quase apelido, que os independentes ganharam da língua inglesa, já era suficiente. Para outros, a questão era conceitual. Mas o que faz um filme ser indie, o que o difere dos outros, que cinema é este que vou encontrar indo neste evento?

A história do INDIE vem se construindo desde então em Belo Horizonte, sete edições e 120 mil espectadores depois, chegamos agora até aqui. São Paulo vai receber o INDIE, pela primeira vez, graças ao apoio inestimável do SESCSP e CINESESC. Apresentamos o INDIE a São Paulo trazendo uma parte da programação da edição 2007, escolhemos 25 filmes realizados em 10 países e, em sua maioria, por novos diretores que estão em busca de um caminho próprio dentro do atual cinema mundial. Para melhor representar o conceito do INDIE, exibiremos também uma retrospectiva do diretor coreano Hong Sang-Soo - sua obra responderia perfeitamente àquela pergunta sobre o que é afinal um filme indie, ao fazer um cinema intimista, reflexivo, autoral e, ao mesmo tempo, extremamente contemporâneo.

O INDIE 2007 quer encontrar São Paulo e possibilitar, numa cidade com tantas opções culturais, que de alguma forma uma experiência cinematográfica aqui aconteça, se não totalmente completa, que traga alguma imagem que permaneça e, principalmente, reafirme e (re)lembre a importância do cinema.

Uma mostra de cinema como o INDIE quer estar mais próxima do risco e mais longe das certezas. Novos diretores, filmes gerados e distribuídos de maneira independente, um cinema de sensações ainda não encapsuladas pelo mercado. O INDIE quer ser sempre, cada vez mais indie.

Daniella Azzi, Eduardo Cerqueira e Francesca Azzi
Zeta Filmes