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Hong Sang-Soo é um dos cineastas coreanos independentes mais cultuados no circuito de festivais na Europa e nos Estados Unidos. Considerado pelo The New York Times como “um dos mais autênticos cineastas que emergiram na cena cinematográfica mundial recentemente”, já ganhou prêmios em Roterdã, Vancouver, Tóquio e Cannes. Caminhando na contramão do cinema comercial coreano que hoje produz filmes que se espelham nos modelos hollywoodianos, Sang-Soo faz um cinema intimista e reflexivo, com pitadas de ironia. Nascido em Seul, em 1960, estudou cinema na Universidade de Chungang antes de ir para o College of Arts and Crafts na Califórnia e para o Art Institute de Chicago. Passou alguns meses na Cinemateca Francesa, em Paris. Ter seis filmes de Hong Sang-Soo reunidos numa retrospectiva como esta, é uma raridade já que seus filmes quase nunca foram vistos no Brasil.

Muitos apontam na obra de Sang-Soo uma grande influência do cinema europeu, de Alain Resnais à Antonioni. Alguns acham suas sketches parecidas com a de um “Woody Allen oriental” (mais frio, mais lânguido, porém). Sang-Soo parece ter algumas idéias recorrentes em sua criação e segue desenhando sua autenticidade. Seus personagens estão sempre numa situação ambivalente, incapazes de estabelecer vínculos, envolvidos com cinema ou roteiros. Há sempre um triângulo amoroso, uma mulher entre dois homens, uma obsessão masculina, uma revelação, um ou dois pontos de vista, muita bebida, repetição, brigas e algum sexo. A sexualidade, tema tão recorrente, também é algo que está sempre por se resolver. Um dia, quem sabe, no próximo filme. (F.A)