blogINDIE 2006
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A maior locadora do mundo / Quem tudo quer tudo perde

Vocês já pararam para pensar na quantidade de filmes que andam circulando pela internet? É o maior acervo fílmico que já foi criado. Não existe cinemateca ou locadora de filmes que tenha um acervo parecido. Filmes raros, difíceis de encontrar, proibidos, ou vindos de países bizarros - quase qualquer coisa pode ser encontrada em sites de torrent, programas de compartilhamento, etc. E o que não está lá, pode ser colocado por qualquer pessoa.

O reflexo disso ainda está começando. Quer dizer, nem todo mundo tem internet em casa - aliás a grande maioria das pessoas do mundo nem tem computador. 1/3 delas sequer tem água encanada em casa.

Agora, dentro do público cinéfilo - uma elite econômica e cultural, e a tendência disso é se agravar cada vez mais - existe muita gente que já troca a locadora pela internet, e que nem assiste mais TV a cabo, porque prefere baixar temporadas inteiras na internet.

Essa comunidade é impressionante. Quando um episódio do seriado Lost é exibido pela primeira vez nos EUA, alguns minutos depois ele já está disponível na Internet - em formato de HDTV, bem maior do que o de TV comum. E, na manhã seguinte, um grupo de fãs brasileiros já disponibilizou uma legenda em português, com qualidade bem superior do que a do canal que exibe o seriado no Brasil.

Esse espírito comunitário, que proporciona a união de milhares de cinéfilos ao redor do mundo, criou uma teia de comunicação impensável há 10 ou 20 anos atrás. Com a tecnologia de hoje já é possível, ou melhor, é fácil e barato trocar filmes pela internet. Se você tiver o filme em casa e uma pessoa lá em Israel ou no Canadá quiser vê-lo, você pode enviá-lo pela internet, sem gastar nem mesmo um CD-R para isso.

Os efeitos dessa nova realidade ainda estão apenas começando a ser explorados. Um deles é que não é mais preciso depender da boa vontade das distribuidoras para ver um filme. Você gostava muito de ver um determinado desenho animado na TV quando era criança, mas o dono dos direitos autorais nunca lançou um DVD com ele? Não tem problema - uma pessoa que você nunca viu na vida tem uma cópia em VHS desse desenho, comprou uma placa de captura de vídeo, e transformou a gravação VHS em um vídeo digital que você pode baixar pela internet e assistir novamente, para matar a saudade da infância, mostrar para seus filhos, enfim, fazer o que quiser.

Essa aparente violação de direitos autorais tem muito mais de democratização do que de pirataria. Ninguém lucra com esse esquema: os servidores, os sites, os desenvolvedores de software, os usuários que ripam DVDs; todas essas pessoas trabalham duro, dia e noite, pura e simplesmente porque gostam do que fazem. Isso não tem absolutamente nada a ver com os DVDs piratas que são vendidos na rua - esses são fabricados pela máfia chinesa, chegam ao Brasil em contâineres, de navio, e alimentam o crime organizado. Baixar um filme no torrent não tem nada a ver com isso.

Outro efeito estranho que acomete as pessoas que entram nesse mundo maravilhoso dos filmes compartilhados é que simplesmente não dá tempo de ver tudo. As pessoas baixam os filmes, compulsivamente, aproveitando a oportunidade única de pegar tudo aquilo que sempre sonharam ver e rever, e acabam não tendo tempo hábil de assistir tudo. Quem é que tem tempo de ver 1 filme por dia? Algumas pessoas acabam criando grandes bancos de dados de filmes que só vão assistir quando se aposentarem.

Mas quem se importa?

Agora, se me dão licença, eu vou assistir a um filme japonês de 1957 que nunca foi lançado no Brasil. As legendas estavam em inglês, mas eu aproveitei um domingo entediante para traduzi-las.

Divritam-se!

Para saber mais:
uTorrent
The Pirate Bay
Open Subtitles
  Daniel Poeira    9/11/2006 11:58:00 AM    0 comentários  
 
 
Balanço

Desde a última sessão do Indie na quinta-feira um vazio invadiu meu ser e só agora estou suficientemente recuperada para voltar a escrever aqui.

O Indie 2006 acabou, mas esse blog continua enquanto ainda tivermos assunto. Prometo postar todas as fotos de personagens que mandaram para o e-mail.

No último dia assisti a mais um do polonês, o fofinho Cachecol Amarelo e o spooky In Memoriam. Acho que abri e fechei a minha temporada muito bem. O podium, na minha opinião, fica assim:

1 – Histórias de cozinha
2 - Após o tremor
3 – We jam econo

Os que ficaram só na vontade foram:

1 - Botinada!
2 - Aconteceu perto da sua casa
3 - Ao fim de dezembro

E o único que eu não gostei de forma alguma foi O macaco nu.

Agora me conta qual foi o seu balanço do Indie 2006?
  Bel Furtado   
9/03/2006 01:05:00 PM    11 comentários  
 
 
[crônicas] O yakisoba é a nova caipivodka

Uma das reclamações mais fervorosas que eu escutei sobre o Indie desse ano, é também uma das mais surpreendentes.

Um amigo que acompanha a Mostra desde sua primeira edição, espera todo ano ansiosamente pela programação. Espera, com a mesma aflição, a oportunidade de degustar a capivodka do Usina, sua preferida, enquanto aguarda pelo início das sessões na fila.

Manterei sua identidade em segredo e por isso usarei o codinome João. Desde alguns dias antes do início do Indie, tudo o que João falava era sobre a caipivodka.

_ Bel, você tem que experimentar a caipivodka do café do Usina.
_ Quero ver um pink filme, mas não antes de tomar uma caipivodka.
_ Peguei ingresso antecipado para o “O homem em silêncio”, mas antes vou tomar duas caipivodkas.

Não é que, logo no primeiro dia, João chega ao Usina e se dirige imediatamente ao café. Pede a tão-sonhada caipivodka, mas no primeiro gole percebe que ela já não era mais a mesma. Nervoso, abandona a bebida em um canto qualquer e sai para investigar.

O temido se confirma. A gerência do café mudou nesse último ano e a caipivodka perfeita, com suco de limão espremido, gelo e açúcar na medida certa, sua companheira fiel de todos os Indies, agora ficará só na memória.

Triste e faminto (sim, porque o álcool, como bem sabem alguns moradores de rua, serve também para diminuir a fome) João procura algo para preencher o vazio no seu estômago deixado pela caipivodka. Já corria pelas salas de exibição o boato de que o que bombava agora era o yakisoba da padaria da esquina e por isso João resolve experimentá-lo.

O yakisoba era deveras saboroso, e incrivelmente barato. João agora não bebe mais vodka do café do Usina, ele come macarrão da padaria da esquina.
  Bel Furtado   
8/31/2006 09:13:00 AM    4 comentários  
 
 


Ontem me pus a pensar se o clima do Indie e a conseqüente predisposição a ver filmes diferentes dos que estou acostumada me deixam mais tolerante. Assisti a quatro filmes, três deles acompanhada de uma amiga. Ela abominou Analife e O homem em silêncio. Aliás, a maioria da platéia, como eu pude perceber pela reação geral, não levou nenhum dos dois muito a sério.

Será que eu acharia os efeitos visuais de Analife de mal-gosto, a história dos personagens feita exclusivamente para chocar, o desfecho absurdo? Ou será que em O Homem em Silêncio eu acharia a escuridão sonolenta, a repetição infinita, e a câmera assassina uma piada? Será que eu perdi, ou nunca tive senso crítico?

Isso na verdade não importa muito. Serve mesmo para lembrar o que a situação e o ambiente podem fazer por um filme. É claro que nenhum ambiente agradável tira da lama um filme enterrado até o pescoço. Por outro lado, há filmes tão espetaculares que assistí-los na telona só ajuda a ressaltar suas qualidades. É exatamente por isso que não vou deixar passar Rocco e seus Irmãos no Cineclube Savassi hoje às 20h 30, apesar de ser no mesmo horário do documentário sobre o punk rock no Brasil Botinada!, que eu tanto gostaria de conferir.

***

Aproveito para fazer o jabá da família. Ontem foi a abertura da mostra de fotografia “Irã sob os Véus do Silêncio” do meu primo Alexandre Mascarenhas. Para aqueles que estão curtindo os iranianos do Indie, a exposição fica até o dia 30 de setembro no Kahlúa, Rua Guajajaras, 416.

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***
São muitas as fotos de personagem que chegam pelo e-mail. Fica difícil de escolher. Essa é do Tacio, de Belo Horizonte.

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  Bel Furtado    8/29/2006 02:10:00 PM    5 comentários  
 
 
Manual Indie Para Escolher Filmes

Ouvi e li muita gente comentando que viu filmes que não gostou, que não vai a retrospectivas por esse ou aquele motivo, que filme de samurai é melhor que filme de amigas... Enfim, é claro que o maior problema do Indie é: como decidir entre 165 filmes independentes qual é aquele que vaime agradar mais?

Felizmente para todos nós, eu não sei ler mentes, e não posso dizer a ninguém exatamente qual filme vai agradar. Mas podemos seguir algumas pistas para evitar problemas.

- Se você não gosta de desertos, não veja filmes iranianos.
- É impossível prever um filme só pelo título.
- Documentários podem ser mais intensos do que ficção.
- Nem todo filme de samurai tem sangue e tripas voando.
- É mais difícil fotografar em preto-e-branco do que em cores.
- Documentários musicais são feitos por fãs de música, não por fãs de cinema.
- O Japão é um lugar muito estranho.
- Mais vale 1 grama de imaginação do que 1 tonelada de experiência.
- Nem todo filme que tem sexo é erótico / Nem todo filme erótico tem sexo.
- É melhor um filme bem enquadrado em VHS do que mal filmado em 35mm.
- Animação não é assunto para criança.

É, acho que confundi mais do que expliquei. Deixa pra lá.
  Daniel Poeira   
8/28/2006 07:07:00 PM    2 comentários  
 
 


Desde tempos imemoriais, quando uma pessoa se sente solitária, ela procura a prostituição como forma de suprir certas necessidades físicas e psicológicas. Mas e quando as próprias pessoas que se prostituem precisam suprir essas necessidades?

"O Lugar da Felicidade" mostra o estranho mundo dos "host clubs" de Osaka; são bares especiais onde as mulheres vão para se divertir com hosts, rapazes pagos para divertir as clientes e tratá-las como princesas.

Em certo ponto do documentário, a revelação de que as clientes entrevistadas no filme são todas prostitutas dá uma nova dimensão de compreensão ao tema. O choque foi vergonhoso: eu nunca tinha parado para pensar que talvez as prostitutas gostassem de pagar para outras pessoas fazerem por elas o que elas fazem por seus clientes. No caso específico do filme, elas entram em um círculo vicioso: precisam se prostituir para ganhar muito dinheiro rápido, e precisam do dinheiro para freqüentar o clube.

Os funcionários do bar têm uma relação conflituosa com seu emprego. Saber que suas clientes são prostitutas os deixa confusos e culpados, mas ao mesmo tempo eles sabem que não podem deixar os sentimentos se misturarem ao trabalho.

A figura principal do filme é Issei, o dono do bar, considerado o melhor host de Osaka. Suas clientes pagam dezenas de milhares de dólares para passar algumas horas bebendo champagne e cantando karaoke com ele. Elas querem se casar com ele, mesmo tendo namorados e sendo prostitutas. Os depoimentos dele são os mais impressionantes do filme, e revelam que sua cabeça é bastante confusa. Ele é muito inteligente e sensível, praticamente um analista e psicólogo que aprendeu o ofício nas ruas, na escola da vida. Mas sua personalidade - ele mesmo afirma - é fragmentada, e ele não sabe mais diferenciar o Issei real e o Issei produto.

Um filme comovente sobre uma realidade chocante e sincera. O diretor estréia em boa forma, em um documentário que, se peca pela edição medíocre, tem muito mais méritos na forma como retrata os seres humanos entrevistados, sem construir julgamentos morais e mostrando a realidade com a frieza necessária, mas sem perder a sensibilidade essencial à compreensão de um tema tão complexo.
  Daniel Poeira    8/28/2006 06:43:00 PM    0 comentários  
 
 
[filmes e diretores] Cineminha de domingo

Hoje o Indie foi uma grande aventura. Domingo é dia de ir ao cinema e foi exatamente isso que muitas pessoas fizeram. As salas estavam todas cheias e as filas se formavam muito antes da distribuição de ingressos.

Primeiro assisti a Made in Sheffield, um documentário sobre a singular cena musical de Sheffield depois do punk. Se comparado a We Jam Econo, a história do Minuteman que eu tive o prazer que conferir há dois dias, Made in Sheffield fica sem-graça. É pena que um tema que me interessa tanto tenha sido tão pouco explorado. Mas o filme não é ruim não. Foram 52 minutos bem gastos aprendendo sobre o início da música eletrônica.

Depois acompanhei amigos na fila para assistir Macaco Nu. A sala já estava quase lotada quando entrei, então me aconcheguei confortavelmente na primeira fileira. É possível que eu tenha testemunhado o filme menos bem-sucedido de toda mostra. Não vou dizer muito, porque comer e escrachar, é só começar. Digo apenas que esse diretor é fã de um clichê.

Tomara que amanhã eu tenha mais sorte. :P
  Bel Furtado    8/28/2006 12:56:00 AM    4 comentários  
 
 
[filmes e diretores] O Indie além-Usina

Fui experimentar o Indie no Cineclube Savassi. Foi uma sessão bastante agradável. Duas e meia da tarde, sala vazia, 20 pessoas no máximo, o barulho do projetor estava mais baixo que o da própria projeção, filminho em francês, língua que eu adoro.

Esse foi o filme menos indie que eu assisti nesse Indie até agora. Ele conta a história de uma atriz famosa e sua nova assistente pessoal. A admiração mútua inicial acaba dando lugar a sentimentos menos sublimes como submissão, irritação, ciúmes e egoísmo, coisa que acontece em muitos relacionamentos. Em um filme bem dentro dos padrões a que estou acostumada, é a exploração desses sentimentos que faz “O papel de sua vida” valer a pena.

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Mais fotos de personagem do catálogo. Essa foi enviada por Fernando Araujo também de BH.

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  Bel Furtado    8/26/2006 06:04:00 PM    2 comentários  
 
 


Parece estranho que em um festival de cinema com 150 filmes o mais "cabeça" seja um documentário sobre uma banda punk dos anos 80 formada por três moleques de um buraco desconhecido da Califórnia. Mas o fato é que We Jam Econo abre mais possibilidades de discussão do que a maioria dos filmes que vemos soltos por aí hoje em dia.

Wittgenstein, instinto gregário, a relação entre o proletariado e a arte, a função da música na sociedade contemporânea... tudo isso é apenas a superfície do que pode ser explorado a partir do filme. Muito mais do que uma coletânea de imagens de shows e entrevistas saudosistas, We Jam Econo consegue reunir vários questionamentos que buscam compreender qual foi o real significado da curta e explosiva trajetória dessa banda seminal que muito poucas pessoas conhecem. Uma rara oportunidade de ver um documentário musical que realmente analisa o que significou o trabalho do artista ao invés de simplesmente fazer uma colagem de fotos em ordem cronológica e pedir para as pessoas ficarem lembrando dos velhos tempos.

***

Parece incrível, mas ainda tem gente que atende o celular durante o filme. Sem contar as pessoas que saem no meio do filme só porque ele não era da forma como elas gostariam que ele fosse. Será que se elas tivessem pago 12 reais para vê-lo elas ficariam até o final?

***

- Nossa, quanta fila.
- Acho que metade da graça do Indie é ficar na fila.
- É por isso que chama fila indie-ana né?

[o autor dessa frase permanecerá anônimo por questões de segurança]

***

Às vezes parece que no Indie tem mais gente que gosta de fila do que gente que gosta de cinema.

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Por que na sessão de "Até Logo, Até Amanhã" 99% da platéia era feminina? Será que filme polonês dos anos 60 é sinônimo de filme de mulherzinha? Acordem, rapazes! Ser sensível está na moda!!

***

Qual é a diferença entre a verdade do cinema e a verdade da vida? A resposta para essas e outras perguntas, um dia desses, aqui nesse blog.
  Daniel Poeira    8/26/2006 12:15:00 PM    2 comentários  
 
 


Está uma zona aqui no Indie, várias filas com centenas de pessoas se divertindo horrores!

Tentei encarar uma maratona de 4 filmes seguidos hoje, mas meus joelhos não permitiram. Até Logo, Até Amanhã foi muito bonito, uma história simples mas muito bem contada. A fotografia do filme é um escândalo, tudo muito bem pensado, cada enquadramento ajudando a contar a história com mais detalhes do que a história podia passar sozinha. O filme a história de um homem, que trabalha no teatro, e conhece uma jovem francesa de passagem pela Polônia. Ele tenta conquistá-la, mas ela só quer saber de divertir. O coitado entra em depressão, ela deixa uma carta, etc... O interessante é que o próprio personagem admite que a história "é igual a tantas outras" e isso realmente funciona no filme, não é apenas uma desculpa esfarrapada para a falta de criatividade. Tudo é contado com muito cuidado, a narrativa tem uma profundidade rica em detalhes, e até mesmo personagens que ficam 5 segundos em cena acabam ficando em nossa memória - como a velhinha segurando uma flor, sentada à mesa do restaurante a beira-mar. Enfim, uma aula de narrativa cinematográfica, um filme redondo onde não sobra nem falta nada.

Depois pude ver Uma Última Dança, um clássico filme de gângsters asiáticos à moda de John Woo e outros, com elementos conhecidos dos fãs do gênero: um assassino educado, uma mala misteriosa, narrativa fragmentada e muito tiro na cabeça. Correto, mas um pouco longo demais. Tem alguns diálogos interessantes e situações memoráveis, mas, no geral, podia ser um pouco mais sucinto.

O mais interessante de ver esses dois filmes foi a possibilidade de viver por alguns minutos nesses mundos tão diferentes que são os outros países. Se até mesmo o Brasil nos parece um lugar tão enigmático, o que dizer da Polônia dos anos 1960, ou do submundo do crime organizado de Cingapura nos dias atuais. Essa é uma das mágicas que um festival como o Indie nos proporciona!

Agora com licença que vai começar o filme do Minutemen... vejo vocês por aí...
  Daniel Poeira   
8/25/2006 08:43:00 PM    4 comentários  
 
 
[dia-a-dia] Os Peitos e a Máfia

Acabo de sair da exibição de “Uma última dança”, filme de gangsters de Hong Kong, mas feito por um diretor brasileiro. O filme é um típico filme gangster, mas falado em uma língua que parece não encaixar no estilo. Isso não é exatamente um ponto negativo, só um pouco dificil de acostumar. O personagem Ko dá o toque de comédia suficiente para deixar o filme mais leve, já que a montagem puxa para o outro lado.

Ontem à noite assisti "Melancia", meu primeiro Pink Film. Foi divertido e o filme arrancou muitas risadas da platéia. O enredo em si já é engraçado. Uma japonesa peituda que se sente insultada pelos olhares masculinos. Mas acho que a atriz que escolheram não tinha peito suficiente para o papel e não quero dizer que ela era má atriz.

Se você ainda não tem a programção, adquira-a por R$1 na lojinha:
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  Bel Furtado    8/25/2006 07:52:00 PM    1 comentários  
 
 
[dia-a-dia] Agora sim

Hoje é o primeiro dia do Indie 2006. Animada, cheguei ao Usina às 2 e pouco para a primeira leva de sessões. Já tinha muita gente por lá, filas formadas para pegar ingressos e para entrar na sala 2. Foi exatamente nesta sala que eu entrei para assistir ao sueco “Histórias de cozinha”. Posso dizer que comecei com o pé direito. O filme é uma graça e o enredo, bem singelo. Recomendo. Quem quiser pode assistir a outras duas exibições: no dia 26, às 17:15 no Usina ou no dia 29 às 18:30 no Humberto Mauro.

E você, assistiu o quê?
  Bel Furtado   
8/24/2006 04:47:00 PM    6 comentários  
 
 
[dia-a-dia] Pílulas variadas

Hoje o post vem dividido em pílulas já que assuntos são muitos e sintéticos.

Sobre os ingressos antecipados

Não fui porque nunca me adaptei a essa história de pegar ingresso antecipado. Primeiro porque você tem que ter tempo livre em horário comercial, o que costuma ser algo raro no meu caso. Depois porque o tumulto é inevitável, e ninguém é muito fã de tumulto. E por último, eu não consigo decidir assim com toda essa antecedência o que eu quero assistir. Na maioria das vezes nem em cima da hora eu consigo.

Bom, mas em relação às reclamações de quem foi pegar ingresso na Telemig Celular e enfrentou fila, esperou horas pela sua vez, quase perdeu a paciência com a tia que foi ler as sinopses só na hora, e no fim não conseguiu todos os ingressos que queria o que eu posso dizer é o seguinte: compartilho do seu sofrimento, você pode vir aqui soltar os marimbondos e tal, mas a melhor forma de enviar a sua reclamação é pelo
Fale Conosco do site do Indie. Desta forma você pode ter certeza de que o pessoal da organização vai ler e, além disso, eles me garantiram que todas as reclamações também serão encaminhadas para o responsável na Telemig Celular.

Sua reclamação será bem vinda e ajudará o Indie a se tornar um evento melhor a cada ano.

Sobre o catálogo

O catálogo desse ano está mesmo muito bom. Além de bonito como os anteriores, está muito mais bem organizado e compacto.

Quem tirar fotos bacanas dos bonequinhos pode mandar pra gente pelo blogindie@gmail.com. As mais interessantes serão postadas aqui. Dêem uma olhada em algumas bem legais que a gente já recebeu:

bonequinhos-22-08a
Autor: Marina Lúcio - BH

bonequinhos-22-08b
Autor: Brayhan Hawryliszyn - BH

Sobre a matéria no Pampulha

Quem mora em BH recebe gratuitamente um jornal chamado Pampulha. Pois bem. Você que mora na cidade já viu o Pampulha dessa semana? A matéria de capa é sobre o Indie e está muito boa. A não ser por uns depoimentos meio estúpidos feitos por uns cinéfilos que não sabem de nada, coitados... E na foto da capa tinha gente dormindo, que eu vi! :P

Sobre a minha crise existencial

O Indie começa daqui a dois dias e eu não sei me organizar para otimizar o meu aproveitamento das sessões. Ó céus.

Sei que vou ficar lendo e relendo o catálogo e vou acabar indo assim mesmo, meio desnorteada. Mas com uma programação dessas não tem como não voltar pra casa feliz.
  Bel Furtado    8/22/2006 10:47:00 PM    9 comentários  
 
 
Repulsa Ao Sexo

Repulsion (ING, 1965)
Dir.: Roman Polanski


Carole Ledoux (Catherine Deneuve) é uma manicure que mora em Londres com sua irmã. Sua beleza atrai os homens em todo lugar, mas ela não quer se aproximar de nenhum. O jovem Colin insiste, mas ela não consegue explicar seus sentimentos em relação aos homens. Quando a irmã e o amante saem para viajar, Carole fica sozinha no apartamento, e começa um lento e gradual processo de psicose e paranóia.

Integrante da trilogia de Polanski sobre os horrores da vida na cidade grande (ao lado de "O Bebê de Rosemary" e "O Inquilino"), o filme é lento e pesado, puro terror psicológico. Clássico e imperdível!

28/08 - Savassi - 14:30
31/08 - Savassi - 21:15
  Daniel Poeira    8/21/2006 12:12:00 PM    15 comentários  
 
 
[dia-a-dia] Dicas de Bernardo Krivochein

Pessoal, hoje temos comentários e dicas de um dos curadores do Indie. É o Bernardo Krivochein. Para ser mais exata, ele é o curador da mostra Dark Matinée e mandou um texto super legal que vai ajudar a gente a escolher os filmes dessa mostra que acabaram ficando com horários batidos. Olha só o que o Bernardo diz:


Olá a todos.

A única vantagem de ser programador de uma das mostras é saber com antecedência a programação de pelo menos uma das mostras: a sua. E mesmo assim, nunca com certeza, é tanto desaforo que você engole de distribuidor mundo afora ao pedir para exibir numa mostra... Então, meus maiores agradecimentos aos que liberaram os filmes. Agora que o catálogo está impresso, só me resta pedir a Deus que o nome de nenhum deixe de estar mencionado.

Acabei de verificar a programação através do site e, para minha surpresa, os primeiros dias são quase um pega-pra-capar entre os filmes da mostra Dark Matinée: todos se peitando em sessões no mesmo horário. Não sei como ou por que isso aconteceu, mas a vida tem dessas coisas. Então para vocês que acompanham esse blog e que pretendem ver alguns filmes da Dark Matinée nos primeiros dias, o meu je t’aime beaucoup e um pequeno guia do que aproveitar.

24 DE AGOSTO

*O QUE SERÁ EXIBIDO:

SALA 1 – ABISMO DO MEDO (The Descent) – 21:15
SALA 3 – ROBOCON (Robokon) – 21:00
SALA 4 – KILTRO (Idem) – 21:20

*O QUE VOCÊ DEVE ASSISTIR:

KILTRO

“O próximo espetacular filme internacional de artes marciais.”
Kung Fu Cinema

“[Antes do filme acabar], ‘Kiltro’ já transmitiu sua mensagem: respeito por filmes de gênero tão bem feitos quanto este, amor pelos mentores e professores de kung-fu, amor por um mundo repleto de lojas de fotocópias e amor pelos broncos que se apaixonam.”
Jornal El Mercurio

O primeiro filme de artes-marciais chileno é um projeto cultivado desde a adolescência pelo diretor Ernesto Díaz Espinoza e o astro Marko Zaror, que não apenas é um mestre faixa-preta em várias lutas como também o dublê do The Rock em Hollywood (procure alguns de seus vídeos demo no YouTube – é impressionante). “Kiltro” é um filme que hibridiza várias vertentes do cinema de ação – o filme de kung-fu, o spaghetti western, o filme urbano – em busca de uma estética latina intransferível. “Kiltro” foi um sucesso em seu país de origem e faz sua première internacional em festivais bem aí, em Belo Horizonte.

“Robocon” é uma delícia de filme, mas que eu exibiria na primeira sessão da tarde de sexta-feira, contraprogramando com “Ernest vai à casa do ...” ou sabe-se lá o que está na TV aberta esses dias.

26 DE AGOSTO

*O QUE SERÁ EXIBIDO:

SALA 1 – ABISMO DO MEDO (The Descent) – 21:15
SALA 2 – NAISU NO MORI – O PRIMEIRO CONTATO (Naisu No Mori) – 21:30

*O QUE VOCÊ DEVE ASSISTIR:

NAISU NO MORI – O PRIMEIRO CONTATO

“Este filme começa esquisito e fica ainda mais estranho por 2 horas e meia. Não me pareceu longo, até porque o filme apresenta uma mudança de lado. Isso mesmo, ao final do Lado A, temos um intervalo de 3 minutos antes do começo do Lado B. Melhor reação da platéia no festival [Asian Film Festival of Dallas], dúzias de pessoas rindo de coisas que não faziam o menor sentido, mas que eram engraçadas. Se houver uma chance de assistí-lo com uma platéia, aproveite! Eu não sei se [o filme] se traduzirá bem numa sessão caseira, na realidade, provavelmente não irá.”
Peter Martin, TWITCHFILM.NET

Imagine se David Cronenberg tivesse dirigido um roteiro do Monty Python doido de ácido cachaça e você está somente arranhando a superfície de “Naisu No Mori” (traduzindo: Floresta Bacana). Um dos três diretores é Katsuhito Ishii, do genial “O Gosto do Chá” que fez a ronda nos festivais ano passado. O enorme elenco conta com nomes como Tadanobu Asano, Hideaki Anno (um dos criadores de “Neon Genesis: Evangelion”!) e Susumu Terajima (grande ator e figurinha fácil nos filmes de Takeshi Kitano). Só está permitido a perdê-lo quem já tiver assistido a algum filme com uma Televisão-Bunda que ejacula. “Naisu No Mori” vem fresquinho do FantAsia, onde acaba de ganhar o prêmio de “Filme Mais Inovador”. E se tem um lugar nesse mundo com filme esquisito, é o FantAsia.

Sobre “Abismo do Medo”, uma das coisas que vai me dar orgulho quando estiver morando debaixo da ponte, cheio de piolho e com um bando de pivete ilegítimo para explorar é tê-lo um dia programado. Amo o filme de paixão, é talvez o melhor filme de horror dos últimos anos e fiz questão de incluí-lo na programação, mas não sabia que aconteceria tal conflito de horários. Pode pagar para assistí-lo quando estrear e pague inteira: o investimento retorna com lucros.

A quem interessar possa, estarei oferecendo mais detalhes sobre alguns filmes da Dark Matinée e da Mostra Mundial, na cruel tentativa de hypá-los ao máximo para que não passem desapercebidos.

Bernardo Krivochein
Curador da Dark Matinée.
  Bel Furtado   
8/20/2006 12:32:00 PM    3 comentários  
 
 
[dia-a-dia] Site do Indie 2006 no ar!

Demorou mas finalmente o
site oficial do Indie 2006 está no ar.

Agora todo mundo pode se preparar para a maratona cinematográfica que começa no dia 24 escolhendo os filmes que mais quer assistir, nas salas e horários de preferência.

Lá você pode navegar pelas mostras, descobrir qual filme faz parte de cada uma delas, ler as sinopses e ficar completamente por dentro da programação. Se preferir, pode também navegar pela programação diária e descobrir o que vai rolar em cada cinema naquele dia.

Eu estou indo lá agora mesmo!
  Bel Furtado    8/19/2006 03:21:00 PM    4 comentários  
 
 
[dia-a-dia] O famigerado catálogo Indie 2006

Como eu disse no primeiro post do blog, a produção preparou várias surpresas para o Indie desse ano e eu acabei de descobrir mais uma.

Sabe o catálogo da mostra que vai custar $1 e que está dando o que falar? Pois bem, o tal catálogo é bem mais bacana do que vocês imaginam.

Você vai lá lojinha do Indie com seu 1 real na mão e escolhe entre 8 opções de capa. Isso mesmo, 8 opções de capa! Mas espere, não é só isso. Cada capa é ilustrada com um dos personagens oficiais do Indie 2006. Alguns deles você pode conhecer ali no canto superior direito do template logo abaixo do balãozinho cor-de-rosa. Mas não saia daí, ainda tem mais. A capa, além de bonita, tem utilidade! Dobra aqui, dobra acolá, e ela vira um bonequinho 3D. Fofo, não?

Veja a foto dos bichinhos que foi tirada às pressas e por isso não está tão bonita.

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Então, não espere mais nenhum minuto. A partir de amanhã, sexta-feira, dia 18 de agosto, você já pode adquirir seu Catálogo Tranformer Cybertron Action, mas por enquanto só no Usina.
  Bel Furtado    8/17/2006 11:13:00 PM    14 comentários  
 
 
[filmes e diretores] Ao fim de dezembro de Tee Krieger

Os seres humanos que eu mais admiro possuem uma qualidade que tem se tornado cada vez mais rara. Esses seres humanos não se deixam levar pela comodidade, pela inércia e principalmente pela preguiça. Eles estão sempre insatisfeitos com a vida, não de uma forma pessimista, mas sim de maneira positivamente inquieta o que os leva a tomar qualquer providência a respeito dos problemas que os rodeiam. São pessoas de atitude, e principalmente, são pessoas com capacidade de ação.

Vez ou outra, um desses aparece por aí. Tenho a impressão de que estamos prestes a testemunhar a ação de um deles no Indie 2006. Estou falando do jovem diretor de cinema Lee Toland Krieger. Ele tem apenas 22 anos, mas já consta em seu currículo um longa de ficção ganhador de prêmio e selecionado por várias mostras internacionais como a de São Petersburgo, a de Chicago e a nossa brasileirinha Indie.

O filme que vamos ter a chance de assistir (ainda não sei a data nem o horário) se chama
Ao Fim de Dezembro (December Ends) e faz parte da Mostra Mundial do Indie. 2006 foi o primeiro ano que o Indie abriu inscrições para a Mostra Mundial e o filme de Lee Krieger foi um dos inscritos selecionados.

Ele conta a história de Chris, um esperto garoto de Nova York. Quando sua mãe morre tragicamente, seu pai tem um stress nervoso e fica incapaz de trabalhar. O dinheiro está acabando e o trabalho na livraria não pagará o aluguel, então seu primo Brian lhe sugere entregar maconha para seu ex-colega traficante, Hayden. O que ele não esperava era se apaixonar por Audrey, a namorada de Hayden.

Depois quero saber se acharam que o moço tem talento. Eu também darei meu palpite.

personagens_dezembro

Obs: esse eu não consegui trailer pra colocar aqui, mas é possível assistir clicando aqui.
  Bel Furtado    8/16/2006 05:53:00 PM    7 comentários  
 
 
[notícias] Pack Man


Bom, agora que vocês já viram uma pequena amostra do que vem por aí, vamos falar um pouco sobre os aspectos mais práticos do funcionamento do nosso querido festival :)

É o seguinte, esse ano a organização do festival está oferecendo dois pacotes promocionais para facilitar a vida de vocês. Vamos conferir as ofertas:

Pack Indie 1
  • 1 bolsa (com alça; modelo exclusivo)
  • 1 camiseta (modelo exclusivo também)
  • 8 ingressos/cortesias
  • Catálogo

Preço: 60 reais.

Pack Indie 2
  • 1 camiseta
  • 4 ingressos/cortesias
  • Catálogo

Preço: 30 reais.

Esses ingressos-cortesias do pack funcionam assim: 1 ingresso por dia, válido em qualquer sessão. Então, por exemplo, o ingresso do dia 25 te dá o direito de ir numa sessão de qualquer filme daquele dia. Basta chegar com 15 minutos de antecedência.

"Mas senhor Poeira, e se a pessoa comprar o pack no último dia do Indie, tem ingresso?" Claro que não, né? :) Cada ingresso é para um dia, se ela chegar no último dia, o que ela vai fazer com aquele monte de ingresso dos dias anteriores? Confete! :)

O macete desses packs é você comprar tudo antecipado, ler o catálogo com calma, e escolher as 8 sessões que você vai querer ver. Se você quiser ver mais sessões além dessas 8 (1 por dia, não esqueça) você pode retirá-los normalmente. Mas já começa com 8 para adiantar a vida :)

"Que maravilha! Mas e se eu quiser trocar os 8 ingressos individuais por 4 pares?" Bem, infelizmente, não pode :) São 8 ingressos individuais! Se você quer pares, por que você não compra 2 packs de uma vez e dá um para sua namorada? ;P Ou mãe, pai, irmão, sogra... Cachorro não, porque infelizmente eles não podem entrar nas salas de exibição. Ainda.

Fiquem atentos, porque são muito poucos packs e poucas camisetas.

"Ora, mas e o catálogo?" Esse belo volume poderá ser adquirido pela irrisória quantia de 1 Real. Serão 8 capas diferentes para você colecionar :) Eu sei que antigamente o catálogo era de graça, mas estamos tentando evitar o desperdício.

"Puxa, senhor Poeira, e onde é que eu posso comprar esses incríveis produtos??" É muito simples, amigos. O pack estará a venda no Usina, em um stand reservado apenas para isso. As vendas começam no dia 18 de Agosto. No Usina você também pode comprar os catálogos antecipadamente. Quando o evento começar, eles estarão disponíveis em todos os cinemas onde o Indie vai acontecer.

Então é isso aí, podem ir quebrando os cofrinhos e cobrando aquelas velhas dívidas... o Indie 2006 vai começar!! :)

* * *

Por hoje é só, amigos. Obrigado a todos que têm visitado o blog e deixado seus comentários. Estamos fazendo o possível para mantê-los bem informados e atualizados sobre as informações do festival. Qualquer dúvida ou pergunta, podem escrever. Estamos aqui pra isso :)
  Daniel Poeira    8/14/2006 06:15:00 PM    25 comentários  
 
 
[mostras] Música do Underground

Música do Underground. Esta é sem dúvida a mostra que mais me interessa de todas que formam o Indie. Nela são exibidos documentários sobre estilos musicais, artistas e bandas, sempre muito de acordo com meu gosto pessoal.

Nos anos anteriores tentei assistir a dois disputadíssimos docs dessa mostra, mas acabei não conseguindo. Um era o Drive Well, Sleep Carefully - On the road with Death Cab for Cutie e o outro, I am trying to break your heart – A Film About WILCO By Sam Jones. Os dois são sobre duas das minhas bandas preferidas e foram produzidos pela ótima produtora independente
Plexifilm.

Esse ano nós vamos poder conferir mais dois filmes dessa produtora. Um se chama We Jam Econo - The Story of The Minutemen, conta a história da reverenciada banda californiana do ponto de vista de mais de 50 músicos. Você vê o trailer aqui:





O outro, Made in Sheffield, fala sobre a história do nascimento do electronic pop na Inglaterra no fim dos anos 70. Confira um trecho:





Além desses, a mostra conta com mais 6 filmes, sendo que dois serão estreados aqui no Indie 2006. É o Botinada de Gastão Moreira e Brasilintime de Brian Cross.



Botinada! (idem) - Brasil-SP, 2006, 75 min.
de Gastão Moreira.

Versão original em português.

A chegada do punk rock no Brasil. Nossos punks encararam a ditadura militar e ofereceram resistência através de sua ideologia, irreverência e música. Botinada! traz a versão dos punks que vivenciaram essa incrível história de corpo, alma e jaqueta de couro!

Brasilintime: Batucada com Discos (Brazilintime: Batucada com Discos) – EUA/Brasil, 2006, 117 min.
de Brian Cross

Versão original com legendas em português.

A estrada que liga o samba através da Bossa Nova ao hip hop é uma complexa teia musical. Brasilintime traz o encontro, em São Paulo, entre reverenciados bateiristas do soul e do jazz, DJs e percussionistas americanos com músicos brasileiros. Reunindo Paul Humphrey, James Gadson, Derf Reklaw, Cut Chemist, Jrocc, Babu e Madlib com Wilson das Neves, Ivan “Mamão” Conti, João Parahyba e DJ Nuts.


E por último, se você ainda se pergunta o exato significado de Indie, recomendo o O que é Indie? de Dave Cool.


O que é Indie? (What is Indie?) - EUA, 2006, 48 min.
de Dave Cool.

Versão original com legenda eletrônica em português.

Em uma época na qual os artistas independentes da música tem mais poder e controle sobre suas carreiras, o que realmente significa ser “indie”? Através de entrevistas com especialistas deste mercado como Derek Sivers (fundadora da CD Baby) e Suzanne Glass (do indie-music.com) e mais de 20 artistas, incluindo Ember Swift e Paul Cargnello, aborda-se as questões do ser ou não ser indie.
  Bel Furtado    8/13/2006 11:57:00 AM    3 comentários  
 
 
[mostras] Dark Matinée



Eu sou Daniel Poeira!! Por muitos anos, eu lhes contei os fatos mais inacreditáveis... relacionados ao irreal, e mostrados que são MAIS... do que meros fatos. Agora vou contar para vocês coisas tão chocantes que alguns de vocês podem até desmaiar.*

Loucura! Espanto!! Gargalhadas!!! É a mostra Dark Matinée!!!

Kiltro - Chile, 2006, 93 min.
de Ernesto Díaz Espinoza.
Zamir é um violento lutador que tem como única obsessão conquistar o amor de Kim. Por causa do seu amor incondicional, Zamir se envolve num ajuste de contas, devendo enfrentar o perigoso grupo de Max Kalba, um poderoso lutador marcial que volta ao bairro em busca de vingança.

Stomp! Shout! Scream! – EUA, 2005, 77 min.
de Jay Edwards.
Praia, festa, monstro e rock num filme ambientado em 1966 que une uma banda de garagem de meninas e a lenda do Skunk Ape (ou seja, um gigante peludo, com mais de 2 metros de altura e pés grandes). Uma tragédia interrompe a turnê do The Violas. O carro quebra, o dinheiro termina e uma criatura misteriosa aterroriza a pequena cidade na praia onde as meninas estão encalhadas.

Naisu No Mori - O Primeiro Contato (Naisu no Mori) – Japão, 2006, 150 min.
de Katsuhito Ishii, Hajime Ishimine e Shunichiro Miki.
Uma série realmente bizarra de curtas, animação, dança, comédia e momentos inclassificáveis de ficção científica, tudo girando em torno de Guitar Brother, o seu excitado irmão mais velho e seu pequeno irmão caucasiano. Filme altamente recomendado para aqueles que querem ver minúsculas espaçonaves de inseto, aliens, pingue-pongue e qualquer coisa esquisita que imaginar.

Analife (idem) – Japão, 2005, 83 min.
de Goda Kenji.
A, B e C são dois homens e uma mulher. “A” é um jovem típico, vivendo uma vida típica, tentando se livrar de um torpor inexplicável. “B”, fotografa cadáveres como prova da sua existência. “C” usa o lixo dos vizinhos para saber mais sobre eles. Pessoas capturadas pela cruel espiral dos seus desejos. Por coincidência, ou não, se encontram na sala de espera de um proctologista.

* Minha singela homenagem ao genial
Criswell :)
  Daniel Poeira    8/12/2006 07:01:00 PM    0 comentários  
 
 
[mostras] Japão Cult: Pink, Indie, Dark Films

Uma das mostras do Indie 2006 se chama Japão Cult: Pink, Indie, Dark Films. Quando li o nome pensei: Indie e Dark, ok. Mas o que diabos é Pink?

Imediatamente pensei naquelas japonesas bonitinhas vestidas de Hello Kitty, com tudo rosa e tal, mas o pouquinho de bom senso que existe em meu ser me avisou que não.

Então o pessoal do Indie pacientemente me explicou o que era de forma bastante sucinta: pornô soft japonês!

Quanta inocência minha... Eu pensando em Hello Kitty e eles em hot sex.

Saí pesquisando por aí e apesar de nunca ter assistido a um Pink film, agora sei direitinho do que se trata. O nome em japonês é Pinku Eiga e foi cunhado pelo jornalista Minoru Murai. O estilo surgiu nos anos 60 e tem alguns subgêneros como o Roman Porno, que vem de Romantic Pornography, e o Violent Pink.

Enquanto espero para conhecer o gênero na telona, deixo aqui 3 sinopses da mostra. Vale lembrar que a mostra Japão cult não é feita só de Pink film. São 9 ao todo, entre Pinks, Indies e Darks. Não vai perder, hein?



Melancia (Wôtâmeron) – Japão, 2004, 60 min.
de Ryuichi Honda.

Versão original com legenda eletrônica em português.
Chika sempre odiou seus enormes seios que recebem atenção aonde quer que ela vá. Quando encontra um homem, que uma só vez, não fitou imediatamente seus seios, ela decide se casar com ele. Mas logo, Chika descobre que ele pode não ser tão confiável quanto pensou. Um autêntico pink film contemporâneo de Ryuichi Honda.

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Amiga, Alguém por favor pare o Mundo (Girlfriend, Someone Please Stop The World) – Japão, 2004, 104 min.
de Ryuichi Hiroki.

Versão original com legenda eletrônica em português.
O retrato íntimo e sensível de um relacionamento entre duas jovens mulheres. Kyoko e Miho se encontram como fotógrafa e modelo. Do momento em que se conhecem, formam uma ligação que transcende a dor e a confusão de suas realidades. Lentamente, se tornam capazes de abraçar a vida novamente

Girlfriend please stop

Elegia ao Duplo Suicído – (Shinjû erejî) – Japão, 2005, 109 min.
de Toru Kamei.

Versão original com legenda eletrônica em português.
Bandai é um advogado de sucesso que ganha a vida defendendo a yakuza. Kyoko é uma agente imobiliária. Apesar de serem estranhos, Bandai reconhece em Kyoko os mesmos sinais de desconforto e perversão que lhe são tão familiares. Ele, então, lhe faz uma proposta: passarem duas horas por dia juntos num apartamento alugado, longe dos seus respectivos companheiros.

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  Bel Furtado    8/10/2006 04:26:00 PM    8 comentários  
 
 
[dia-a-dia] Instruções de como adquirir os ingressos

Como diz o balãozinho rosa no canto superior direito desse blog, o Indie é um evento inteiramente gratuito.

Se você está super a fim daquele(a) gatinho(a), mal pode esperar para chamá-lo(a) para sair, mas não tem nenhum tostão furado no bolso, o Indie é a solução dos seus problemas. É um programa bacana, com custo zero e você ainda vai poder impressionar o(a) paquera na saída da sessão exibindo seus conhecimentos sobre aquele diretor polonês beeeem obscuro. Depois de, é claro, consultar este blog, para não dar bola fora.

Bom, para que o seu encontro seja um sucesso, é importante saber quando e como adquirir os ingressos gratuitos. Veja a seguir como funciona:

Ingressos antecipados:
Dias: 21 e 22 de agosto (segunda e terça)
Horário: das 9 às 20 horas
Local: loja da Telemig Celular – Centro (Avenida Afonso Pena 785)
• Os ingressos antecipados estarão disponíveis apenas para as sessões no Usina Unibanco de Cinema.
• Apenas 15% dos ingressos serão distribuídos antecipadamente.
• Cada pessoa pode pegar até 10 ingressos. No máximo 2 ingressos por sessão.


Ingressos na hora:
30 minutos antes de cada sessão serão distribuídos os ingressos restantes. Fique esperto, porque se for um filme muito disputado, a fila começa a se formar com certa antecedência.
  Bel Furtado   
8/09/2006 05:13:00 PM    3 comentários  
 
 
[retrospectivas] Janusz Morgenstern


Existe uma grande diferença entre gostar de cinema e gostar de ir ao cinema. Muitas pessoas dizem que gostam de cinema, mas na verdade elas gostam mesmo é de sentar em um sofá confortável com um quilo de pipoca no colo e passar uma e hora e meia sem precisar pensar nas contas atrasadas, na guerra no Líbano ou na sucessão presidencial, na companhia de um monte de gente gritando "u-hu!". Esse é exatamente o tipo de cinéfilo que acha que qualquer filme que não seja falado em inglês é esquisito, "cult", cabeça, etc. É uma pena, porque essas pessoas perdem ótimas oportunidades na vida.

Perdem, por exemplo, a chance de ver um filme polonês. Talvez a coisa mais incrível, fantástica, milagrosa e fascinante do mundo do cinema seja o fato de que qualquer pessoa do mundo pode fazer um filme, e qualquer outra pessoa do mundo pode ver esse filme - e elas vão se entender através dele. Quando ouvimos música de lugares tão diferentes quanto Japão, Indonésia, Rússia e México, notamos diferenças extremas, tanto no ritmo, quanto nas progressões de acordes, volumes, instrumentos, etc. No entanto, se vemos um filme finlandês, iraniano ou chinês, criamos uma estranha sensação de familiaridade com essas culturas tão díspares da nossa, e acabamos percebendo que talvez elas não sejam tão díspares assim. Afinal de contas, somos todos seres humanos e temos muita coisa em comum dentro de nossos cérebros. A isso damos o nome de "emoções", e é isso que esses filmes nos oferecem. É muito reconfortante saber que as pessoas do mundo inteiro sentem a mesma coisa que a gente.

Não é diferente com nossos amigos poloneses. Qualquer pessoa que já viu um filme de Roman Polanski ou Andrej Wajda sabe muito bem do que eu estou falando. Mas existe algo mais que conecta esses diretores além da maestria cinematográfica presente em seus filmes. O nome dele é Janusz Morgenstern.

Com a invasão e posterior destruição da cidade de Varsóvia na II Guerra Mundial, os trabalhadores da indústria cinematográfica polonesa, e os alunos e professores das escolas de teatro e cinema fugiram para a cidade de Lodz, onde se estabeleceriam temporariamente, até a guerra terminar. Em 1949, o grupo se dividiu em dois: um voltou para Varsóvia, e o outro ficou em Lodz. A escola de Lodz ficou famosa como a escola de cinema mais liberal e menos comunista da Polônia, e foi lá que Morgenstern se formou, assim como seus colegas Andrzej Wajda e Roman Polanski.

No início de sua carreira, Morgenstern foi assistente de Wajda, com quem trabalhou em filmes como O Canal (Kanal) e Cinzas e Diamantes (Popiol i Diamant). Mas em 1960, Morgenstern estréia na direção, com "Até Logo, Até Amanhã" (Do widzenia, do jutra), filme onde Roman Polanski trabalhou como ator. Nas décadas de 1960 e 1970, Morgenstern também dirigiu alguns seriados muito populares para a TV polonesa. Além disso, ele foi por muitos anos diretor de arte dos Estudios de Filmes "Perspectiva", na Polônia, e a partir de 1989, começou a trabalhar também como produtor, co-produzindo filmes de Andrzej Wajda (como Zemsta) e de Roman Polanski (Oliver Twist), além do clássico Europa, Europa, de Agnieszka Holland.

Aqui no Brasil, o nome de Morgenstern é freqüentemente associado à profissão de produtor, e sua associação com Polanski e Wajda, mas ele dirigiu muitos filmes, longas e curtas, além de séries e especiais para a TV. O Indie 2006 traz a Belo Horizonte uma mostra com 6 longas do diretor, além de um documentário sobre ele.

Exercícios Para Esquecer
(Polônia, 2005)
Filme sobre a vida e a obra do diretor polonês Janusz Morgenstren. Direção de Andre Krauze.

Cachecol Amarelo
(Zolty szalik, Polônia, 2000, 59 min.)
História tragicômica de Natal, sobre um alcoólatra que passa o feriado na casa de sua mãe. O presente dela - uma cachecol amarelo - deveria ser um talismã na luta contra o vício.

É Preciso Matar Esse Amor
(Trzeba zabic te milosc, Polônia, 1972, 92 min.)
História de amor entre dois adolescentes - uma menina equilibrada e responsável e um jovem fraco e irresponsável.

Até Logo, Até Amanhã...
(Do widzenia, do jutra..., Polônia, 1960, 80 min.)
História de amor entre dois jovens, que, por causa de sua imaturidade, não conseguem segurar as emoções que surgem desse amor. Um retrato sutil e afetivo do ambiente "existencialista" da juventude dos anos 50.

O Céu Menor
(Mniejsze niebo, Polônia, 1980, 94 min.)
Testemunho da rebelião de um indivíduo contra o mundo e um apelo pela tolerância pelas decisões individuais de cada um. Um cientista de 45 anos inesperadamente larga mulher, filhos, casa e trabalho para viver em uma estação de trem. Ele resiste às tentativas de seus amigos de trazê-lo de volta, até que um jornalista começar a persegui-lo.

Jowita
(Jowita, Polônia, 1967, 91 min.)
Um talentoso atleta apaixona-se por uma mulher misteriosa que conhece em um baile de máscaras. Após o baile, no entanto, ele não consegue mais achá-la e envolve-se em histórias amorosas com outras mulheres, sempre procurando a mulher do baile. Vive de devaneios do amor verdadeiro, procurando a sua própria identidade.

Mais Uma Vez A Vida
(Zycie jeszcze raz, Polônia, 1964, 92 min.)
Dramático destino de três pessoas na Polônia comunista, na época da "distensão" após a morte de Josef Stalin.
  Daniel Poeira    8/09/2006 03:25:00 PM    6 comentários  
 
 
[dia-a-dia] Está chegando a hora!

Amigos, sejam bem-vindos ao blog do Indie 2006. Esse que vos fala é Daniel Poeira, humilde escriba que, na simpática companhia de Isabel Furtado, tem a missão e o dever de manter atualizado esse blog.

Aqui escreveremos crônicas, críticas e resenhas, entrevistaremos pessoas, colocaremos fotos, vídeos, músicas... enfim, tudo o que for necessário para trazer aos amigos uma experiência multimídia complementar ao festival. Antes, durante e depois do evento, todos os detalhes em primeira mão para vocês.

Por enquanto vamos tocando a pelota com calma, mas esperando com ansiedade pela divulgação da programação oficial. Quem foi às 5 edições anteriores do Indie sabe que, em um festival gratuito de alta qualidade como esse, é essencial já chegar ao local sabendo exatamente os horários dos filmes que queremos assistir.

Mas enquanto a programação não sai, podemos adiantar algumas coisinhas para atiçar a curiosidade dos leitores. Esse ano, além da famosa Mostra Mundial, que exibe filmes ainda inéditos no Brasil, os fãs do Indie também poderão se abastecer com novas imagens, idéias e referências no Indie Brasil (que neste ano traz também o Cinema de Garagem – quatro diferentes programas com cerca de 50 vídeos brasileiros); o Japão Cult: Pink, Indie, Dark filmes; o Cine Noruega; o Música do Underground; o Dark Matinée, o Kino para Crianças e as sempre disputadas Retrospectivas.

Preparem seus corações e mentes para essa maratona cinematográfica. Espero que estejam todos em boa forma física e bem alimentados. Cancelem todos os compromissos entre os dias 24 e 31 de Agosto. Avisem na escola, no trabalho, em casa. Desliguem seus celulares, faxes, caixas de e-mail. Vai começar mais um Indie!!
  Daniel Poeira    8/09/2006 12:34:00 AM    2 comentários  
 
 
[dia-a-dia] Aguarde, o Indie 2006 já vai começar

Agora falta pouco para a largada do Indie 2006 – Mostra de Cinema Mundial

Se é que existe alguém que não ainda não sabe do que se trata, explico que o Indie é uma mostra de filmes com uma programação super extensa e variada e exibições sempre disputadas, que acontece em BH anualmente. Marcando presença no calendário cultural da cidade desde 2001, a mostra chega hoje com muito sucesso a sua 6ª edição.

Eu, que acompanho o evento desde o primeiro ano, estou bastante feliz com as novidades que a produção preparou para 2006. A começar por esse blog, em que eu e o Daniel vamos falar de tudo que acontecer no dia a dia da mostra, dar dicas de filmes e diretores, postar vídeos e fotos do Indie, reproduzir os comentários de quem esteve lá e, é claro, ouvir a sua opinião.

O blog entra no ar hoje para preparar os ânimos e contar um pouquinho do que está por vir. E, a partir do dia 24 de agosto, você que adora cinema, vai poder se deliciar durante oito dias seguidos com 14 programas que, juntos, vão exibir cerca de 170 filmes (curtas e longas).

Mantenha um olho no blog e outro na programação, uma mão no mouse e outra na pipoca, que é para não perder nada. Vejo você no cinema.

  Bel Furtado    8/08/2006 08:23:00 PM    5 comentários  
 
 
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